31 de maio de 2013

MANIFESTO DE ESPERANÇA.

O que temia me sobreveio (Jó 3:25)

Queridos companheiros de batalha, os ventos contrários estão soprando fortemente nestes dias, peço orações. Segue manifesto que pretendo melhorar e publicar.

MANIFESTO DE ESPERANÇA.

31 de maio de 2013

Sem ouvidos atentos, de mãos lavadas e mostrando uma falta absoluta de resolutividade o estado e seus eleitos representantes, nos assustam com a covardia diante da morte de mais um indígena pela policia federal. Perdemos Oziel Gabriel, a família chora, a nação indígena se assusta, os verdadeiros amigos lamentam, enquanto a notas oficiais justificam medidas descabidas que não devolvem a terra, a vida, o direito de defesa e a justiça. Enterraremos nossos mortos na terra que não nos pertence, quem sabe sua semente brote na consciência publica e a nossa gente seja ouvida.

Os beneficiários das medidas judiciais não aparecem em cena. Suas fazendas antes nossas, agora legalmente incorporadas a custo de sangue, vão abastecer os bolsos dos donos do poder nas próximas eleições. Isto é uma questão cronológica e o sabemos muito bem. Eles virão pedir nosso voto, mais não lhes daremos. Aguardem!

Cresce o agronegócio garantido por mecanismos legais que mercantilizam nossas terras. O desenvolvimento tem uma face sombria e nos afoga com as aguas energéticas das usinas sem compaixão. O desequilibro poderia ser ambiental mais se agrava pelo lado humano com o esquecimento de nossa gente e da geração de crianças e jovens sem saúde, educação e instrumentalização para o trabalho produtivo. O sentido sagrado da terra se dissolve com a demarcação e sequer um cemitério nos sobra para a despedida dos nossos mortos. Esse lamento parece não ter fim, pois dia-a-dia somos surpreendidos com novos vizinhos: grileiros, madeireiros, fazendeiros, pistoleiros, traficantes e os anônimos solidários do estado. Já não somos indígenas. Cidadão de categoria nenhuma. Parece mesmo que voltamos à condição dos colonizadores: bestas sem alma.

Por conta desse grande equivoco encerraremos nosso pranto. Continuaremos defendendo a dignidade de viver e ser respeitado, associaremos nossa crença ao dizer do Bispo Casaldáliga “a causa é toda nossa - toda do Deus da Vida”. Somaremos as assinaturas nas inúmeras cartas e manifesto de protesto, escreveremos, contaremos a verdade dos fatos sem o rancor e a culpa histórica que nos que amesquinhar.

E assim pedimos ao Governo nas instâncias municipais, estaduais e federais bem como sua representatividade judicial, legislativa e gerencial (executiva), que corram com medidas de equacionamento em defesa dos direitos humanos e as garantias mínimas irredutíveis – que o cidadão indígena tem em sua relação com:

- a propriedade da terra;
- a identidade de ser povo com etnia distinta;
- os valores de nossa cultura e riqueza de nossos idiomas;
- a defesa da vida privada e em comunidade;
- a punição para os criminosos de nossos pais, filhos e filhas, irmãos e irmãs;
- a prisão para os ladrões de nossas terras, riquezas minerais, animais, vegetais e aquíferas;
- a liberação de processos emperrados que retardam a pratica da justiça em nosso favor;
- as indenizações não pagas pela sociedade civil através de empresas, pessoas físicas, entidades publicas e privadas.

Assinam esse manifesto de esperança, alguns homens e mulheres, jovens e crianças, entidades e uma parcela daqueles que se mantêm vivos, mesmo diante do descompromisso com a verdade e a justiça em favor dos Povos Indígenas do Brasil.

28 de maio de 2013

EC. 3:8b HÁ TEMPO DE GUERRA E TEMPO DE PAZ. (MAS A PAZ VIRÁ PELO PRÍNCIPE DE PAZ E SERÁ PAZ SEM FIM)

Por mais de duas semanas o clima é de guerra entre a tribo Terena e fazendeiros da região de Sidrolândia e Dois irmãos do Buriti, MS. São  mais de dois mil indígenas acampados nas áreas consideradas pelo governo federal como terras indígenas, porém, os fazendeiros nunca desocuparam as menciodadas áreas onde existem cinco fazendas que tem suas atividades voltada para pecuária.

Logo no inicio da ocupação pelos indígenas foi emitida pelo poder judiciários uma ordem de reintegração de posse favorecendo os fazendeiros, mas devido ao grande número de indígenas na área foi iniciado um período de negociação entre a policia federal com a liderança indígena.

A data prevista para reintegração de posse que deveria ser executada pela policia já foi ultrapassada e foi marcada uma reunião em Campo Grande, para o próximo dia 29, quando esperamos uma solução definitiva favoráveis aos Terenas, que estão em condições subumanas, mas desta vez, se comportaram com prudência, não depedraram as sedes das mesmas. Um dos fatores negativos para a igreja indígena é que um  grande número de membros estão também acampados em lugares distantes dos locais das igrejas ou dos centro comunitários onde ficam somente os mais idosos.

Muitas são as conseqüências para a comunidade local, para cada família indígena, porque não sabemos o que pode acontecer nos próximos dias, mas temos a certeza que a PAZ VIRÁ!!! SERÁ PAZ SEM FIM!!! ESTE É O SONHO DO CORAÇÃO INDÍGENA DESDE QUE ESTE PAÍS FOI DESCOBERTO! Mas  parece que desta vez ele está mais distante, no entanto, esta não é a verdade. Cada coração dilacerado do indígena ou não indígena é um campo missionário pronto para receber a semente daquele que é o PRÍNCIPE DA PAZ!!! E cabe a mim a a você, semear esta paz, não geográfica, mas a paz interior, a paz de Cristo que excede todo entendimento e as portas do inferno não prevalecerão!!! Sim, as dificuldades aparentes aumentam em todos os sentidos, mas não estamos olhando para elas, queremos continuar olhando para Aquele que disse: IDE, ESTAREI CONVOSCO SEMPRE!!! E quando você está conosco, não tenho dúvida que é Ele cumprindo sua promessa.

Nossas atividades continuam normais, hoje distribui muito macarrão que recebemos de doação para ajudar combater a desnutrição entre os Caiuás, mas suficiente para apoiar os mais necessitados da tribo Terena também.

23 de maio de 2013

Ef. 6:13 ARMADURAS DE DEUS PARA VENCER NO DIA MAU

Dia de guerra natural e espiritual entre o povo Guarani/Caiuá e Terena no MS, aliás, todos os dias são dias de guerra para nós, mas vivemos hoje momentos de muita tensão. Na aldeia de Maracaju são enfermidades e alcoolismo que ataca a saúde fisica, saúde da família e saúde de tudo que temos conquistado de bom para esta comunidade. Ainda continua internado o irmão Albino, vítima de derrame cerebral, o líder na igreja do programa de combate ao alcoolismo.
Já na tribo Terena o clima é de guerra, pois a comunidade esta aguardando a polícia para cumprir a ordem de reintegração de posse para os fazendeiros de uma área ocupada há mais de dois anos por esta tribo.

Nesta situação cada instante parece uma eternidade, pois não sabenos o que esta por vir, por isto queremos estar concientes das armaduras de Deus sobre nós e pedimos orações neste sentido a nosso favor e a favor da igreja do Senhor dentro dessas aldeias.

13 de maio de 2013

MAIS UM DIA NA LUTA CONTRA O ALCOOLISMO E SUAS CONSEQUENCIAS NAS FAMILIAS

O FL (Festejando a Libertação)  em Maracaju, MS, foi bem diferente, mas foi uma benção.

O irmão responsável não havia entendido todos os principios do curso e planejou para hoje, começando com visitas aos alcóolatras desde quarta feira.  Todas a casas visitadas foram tocadas pelo Espíto Santo de Deus, mas somente um casal compareceu na reunião de hoje, que para olhos naturais foi um fracasso, no entanto, vemos que este casal era o alvo de Deus para hoje, por isto segue um pouco da história do Casal Wilson Turibio e Marinalva Turibio.

Quando começamos o trabalho naque la aldeia, ha 13 anos atrás, este casal já havia perdido 4 filhos por desnutrição, mas não tinham nenhuma reação de tristeza aparente e já eram alcóolotras. Isto descreve um pouco o nível de sofrimento deste povo. Foram dos primeiros a serem batizados e participaram com firmeza no inicio da igreja. A vida do casal mudou, uma filha que ainda estava viva ficou saudável e nasceu mais uma filha. Toda familia vivia bem e animados na igreja,  na escola e no trabalho da comunidade onde o Wilson chegou a ser cacique com resultados positivos para todos. Depois de nossa mudança para Sidrolândia e da expulsão do missionário que deixamos na aldeia eles foram muito abalados na fé e voltaram para a antiga vida. Como agravante, este casal não sabia onde andava sua filha mais velha, 13 anos, nos últimos três dias. Eu pesquisei e fiquei sabendo que ela já se casou e os pais não sabem, aliás, no atual estado, não é bom que a filha volte ao lar porque não existe lar para voltar.

Ontem, quando chegamos em sua casa, o casal estava com fisionomia de ter bebido muito, mas pudemos conversar e orar com eles. Foi uma declaração de guerra no mundo espiritual na vida dos dois. A noite o Wilson disse que satanás apareceu para ele e de cima de sua casa jogou uma corda para que ele se suicidasse. Ele aceitou a proposta, pegou a corda, colocou no pescoço, neste isntante a esposa percebeu e tirou  a corda que não era sonho, era real. Tarde da noite, já estavam dormindo, o Wilson acordou com um barulho e viu uma mão sobre sua esposa, mas dessa mão saia luz. Ele teve medo da visão, e me parece que começou a orar e a visão desapareceu.

Eu não participei hoje, apenas fiquei sabendo pelo celular, mas a ministração do FL foi transformado em um tempo exclusivo para este casal, que conforme relato, está muito impactado. O responsável relata que sente o corpo todo dolorido como alguém que tenha brigado muito. Eu apenas confirmei: "brigou mesmo". Esta é a guerra que entramos nela, não para vencer, é uma guerra que já  vencemos em Cristo, pois conhecemos a derrota de satanás há  dois mil anos atrás naquela cruz e também a nossa vitória naquele mesmo instante. Nossa parte agora é avançar e saquear o inferno, libertar os prisioneiros para povoar os céus. Que toda glória seja de nosso Senhor Jesus. Sinto feliz por este casal, tem apenas um detalhe: É so o começo.

Mencionei os nomes para que vocês continuem orando por nós e muito em breve teremos boas novas sobre o casal mencionado e sobre toda a comunidade que já tem vários candidatos ao batismo.

4 de maio de 2013

O Edson filmou o trabalho com as crianças nas aldeias da reserva Buriti, tribo Terena.

3 de maio de 2013

Mês de abril movimentado nas aldeias do MS

Todo este trabalho  compõe a mensagem do Reino de Deus para este povo, vidas estão sendo tocadas literalmente com suas doações, suas orações e seu apoio direto ou indireto, sem o qual seria impossível para nós até mesmo se fosse apenas coordenar estes trabalhos, porque envolve viagens nas aldeias em um raio de até 300km de distancia. Também o programa festejando a libertação, que é uma solução para libertação do alcoolismo que tem sido um  grande inimigo dos indígenas, esta recebendo forças novas nestes dias e continua sendo uma estratégia de evangelismo porque traz libertação e cura para toda a família.

Foto 1 - Indígenas de 6 diferentes tribos do Amazonas, alunos do AMI, em uma igreja de Maracaju, MS, preparando para um tempo de estágio com o povo Guarani/Caiua.

Foto 2 - Alunos indígenas do amazonas ajudando a transportar alimento para o povo Caiua, o que não é comum nas tribos do norte do país.


Foto 3 - Alunos do AMI em atidades na aldeia Caiuá de Maracaju entre os dias 22 a 27 de abril, sendo que do dia 28 a 03 de maio deverão visitar as aldeias da fronteira e uma que fica do lado Paraguio também.
 
Foto 4 - Equipe de Atibaia, Montanha Jardim, trazendo doações de alimentação para aldeia da fronteira e promovendo o curso Bíblico: PREGUE A PALAVRA para lídereas Terenas e Guaranis/Caiuas.
 
 
Foto 5 - Distribuição de roupas para indígenas Terenas que estão acampados em fazendas em litígio.