17 de dezembro de 2013

POLÍTICA EM 2014 PODE AJUDAR OU ESMAGAR ESPERANÇA INDÍGENA

1) As crises vividas na reserva indígena Buriti, Sidrolândia - MS, no corrente ano volta a viver um clima de aparente normalidade e as aldeias se preparam para celebrarem, com cautela, as festas tradicionais de final de ano.

Os acampados relaxam mais a presença nos postos avançados e as igrejas voltam a ficar lotadas com seus membros, que em seus corações, mais do que nunca gritam por um natal não envernizado, bonito somente por fora, mas podre por dentro e que nada tem a ver com JESUS CRISTO cujo reino se firma na justiça. Enquanto a maioria esquece por uns dias da crise que tem vivido, os líderes perguntam: Se não decidirem no inicio do próximo ano o processo não ficará paralisado pela política? A Bíblia diz: "A esperança que demora faz adoecer o coração". Pedimos orações para que haja uma solução, mas acima de tudo para que neste tempo de paz possamos com ousadia pregar o Evangelho com poder para os corações deste povo seja conquistado para o Senhorio de Jesus.

2) As igrejas nesta reserva estão realizando encontro jovens (Aldeia Água Azul) com muita musica e muita alegria e outras comemoram batismos da semana passada (Aldeia Olho D"Água) e tem mais candidatos prontos para serem batizados também. Isto mostra um pouco que em parte a crise tem se transformado em oportunidade de crescer na fé. Você faz parte dessa vitória, por isto nossa gratidão.

3) Na fronteira com o Paraguai, tribo Guarani/Caiuá - Antônio João - MS, graças a Deus também o final de ano promete festa nas igrejas. A equipe de voluntários da Montanha Jardim, de Atibaia - SP, que neste mês construiu um pequeno templo em uma aldeia do lado do Paraguai e animou toda a aldeia e missionários que tem atuado de maneira mais direta, estará voltando com um programa chamado "Natal na Estrada"; Normalmente tem inicia no dia 24 até a virada do ano. Já tem se repetido por vários anos esse programa em nossa região que incluem sem terras também que ficam na trajetória da aldeia, porém, desta vez será concentrado mais nas aldeias da fronteira onde temos mencionados que vivem abaixo da linha de pobreza. A programação inclui cultos nas igrejas, mas muita alimentação também (churrasco) porque a fome deste povo foi o que mais sensibilizou estes visitantes.

Glórias a Deus!!! Sabemos que não é a solução final, mas é um tempo de ânimo para todos nós pelo fato de ver o sorriso geral na aldeia que já começou só pelo fato de saberem do que está programado para alguns dias. Oramos com gratidão por estas visitas e estas atitudes, mas acima de tudo, que outros grupos (igreja) também sejam sensibilizadas e desfrutem do privilégio de praticar as boas obras conforme Ef. 2:10.

4) A nível nacional vemos os trabalhos da USINA BEL MONTE , no rio Xingu, onde sempre o governo proibiu o Evangelho para conservar a cultura indígena, agora simplesmente alaga tudo, um contingente de 25000 funcionários trabalham nesta obra que considerando seus familiares temos uma cidade bem maior do que a maioria do estado do MS. Não há como avaliar qual será a consequência para aquelas tribos, porém, Deus tem seus meios secretos: No inicio do corrente mês, quando reunimos com mais de 20 etnias indígenas, aproximadamente 10% eram do Xingu, que pela primeira vez chega a um encontro de evangélicos para pedir que leve o Evangelho parta seu povo. MEU DEUS!!! GRANDE É A SEARA, MANDE MAIS CEIFEIROS. Não estou relatando aqui o grito dos Ianomâmis, região amazônica de Roraima, grupo que fugiu da Venezuela porque missionário estava aproximando deles. Agora, manda pedir socorro ao programa de libertação do Alcoolismo do CONPLEI, porque o numero de suicídio esta assustador devido ao alcoolismo aprendido no país de onde fugiram.

5) Jo. 4:35 - "LEVANTE OS OLHOS PORQUE OS CAMPOS ESTÃO BRANCOS". Aqui no MS é terra de lavoura. Quando os frutos estão maduras precisam ser colhidos, caso contrario, nuvens de pássaros colhem.
Mas em nosso país não acontecerá esta tragédia. Em 30 anos de ministério nunca tinha ouvido falar da fome destes povos mencionados pela PALAVRA DE DEUS, mas agora amadureceu e precisamos colher.

Que o Espírito Santo avive os que já estão no campo, os que contribuem e os que oram por nós missionários entre as tribos, porém, que mais missionários, principalmente indígenas, sejam levantados pelo Senhor.

9 de dezembro de 2013

ALCOOLISMO AMEAÇA DE EXTERMINAR OS POVOS INDÍGENAS

Ontem, na Chapada dos Guimarães - MT, Centro de Treinamento AMI, concluímos com muita alegria mais um curso de combate ao alcoolismos, curso este que para alguns foi uma reciclagem, porém muito revigoradora.

Estavam representadas mais de 20 etnias e uma média de 200 indígenas e líderes de agencias missionárias participaram e percebemos um entusiasmo em todos eles, principalmente porque em todas as tribos representadas o ALCOOLISMO tem avançado assustadoramente, e nós representantes do CONPLEI abraçamos esse projeto como algo vindo do trono da graça para nós e agora mais do que nunca queima em nossos corações o desejo de espalhar essa estratégia de guerra contra o álcool e drogas em todas as tribos de nosso país, mesmo naquelas mais distantes como é o caso das tribos do Amazonas.

O que tem chamado nossa atenção de maneira especial é que o alcoolismo tem matado indígenas quase na mesma proporção dos invasores desta terra no tempo de seu descobrimento.

Um dos fatores, sem dúvida, é que após o genocídio praticado pelos invasores a autoestima dessas tribos foram esmagadas deixando os sobreviventes expostos ao genocídio indireto que é o vício da sociedade invasora, no entanto, o Evangelho que pregamos traz o perdão para os invasores, libertação para as tribos, que alias, já é uma realidade nas aldeias onde o evangelho se consolidou, o povo voltou a sonhar, uma nova expectativa de vida invadiu seus corações e o que é mais importante: Voltou a crescer mais do que a média dos não indígenas.

As ameaças são assustadoras e sabemos que nas grandes cidades não é diferente também, mas temos uma saída: O Evangelho que é o PODER DE DEUS para todo aquele que nele crê, portanto, a ordem que temos é: DIGA AO MEU POVO QUE MARCHE.

Graças a Deus ele levantou você como nosso parceiro nesta tarefa, e juntos sabemos que as portas do inferno não prevalecerão pelo contrario, faremos o inferno recuar ainda neste final de ano.

Nosso pedido: Redobre as orações por esta causa.

Em Cristo Jesus Senhor nosso.

2 de dezembro de 2013

Igreja na fronteira, lado paraguaio

Foto do templo construido na aldeia Pyciry, pela equipe da base missionária MONTANHA JARDIM, de Atibaia - SP, que tem sido grande parceiro nesse trabalho. Louvamos a Deus por mais esta etapa de grande vitória para todos nós. Louvamos a Deus por estes parceiros e por você que tem nos apoiado e orado pelo trabalho entre as tribos.

FORÇA NACIONAL CHEGA PARA MAIS 90 DIAS NO BURITI

Um irmão biológico meu, que também tem procurado levar o Evangelho através da musica nos acampamentos mais distantes, dentro das fazendas onde a crise pela demarcação continua acirrada, esta sem contato pelo celular a mais de três dias, apenas hoje obtivemos notícias através de um líder naquela região e disse que esta tudo bem com ele depois que a força nacional chegou.
Este é um exemplo da situação de insegurança que voltou a reinar aqui no Buriti, depois que fazendeiros unidos declararam que já já tem um contingente armado capaz de invadir novamente as terras em poder dos indígenas, diante da prorrogação mais uma vez das autoridades que deveriam até ontem definir mencionada questão.

As declarações das autoridades são tão desencontradas e caracteriza que o objetivo maior é usar tempo e usar a estratégia do cansaço para conseguir vantagens.

Renovamos nossos pedidos de orações, pois sabemos que nosso socorro vem do Senhor.

Na segunda feira estarei viajando para Chapada dos Guimarães - MT, onde fica o Centro de treinamento AMI, juntamente com três etnias daqui do MS para uma reciclagem do curso de libertação do alcoolismo. No Centro de treinamento AMI deveremos nos unir a várias outras etnias do norte do país, mas nossos familiares estão ficando neste clima de tensão.

Agradecemos a Deus porque a força nacional já esta na reserva, mas nossa proteção vem do Senhor.

27 de novembro de 2013

Tribos do MS continuam na expectativa

1) TRIBO TERENA. O final deste mês continua sendo aguardada pela tribo Terena como uma das ultimas datas marcadas pelos órgãos públicos para definição das terras em litígio na região de Sidrolândia - MS. Pedimos orações para que as agonizantes prorrogações não aconteça desta vez, pelo contrario, haja definições e a região do Buriti possa sonhar com seus projetos. Em virtude dos conflitos as estradas estão em total abandono dificultando ainda mais o apoio as igrejas nesta região.
2) Tribo Guarani/Caiuá, fronteira do Paraguai e lado paraguaio também.
A equipe da base missionária "MONTANHA JARDIM",formada por uma família e voluntários de Atibaia- SP, que já visitam por quase duas décadas as aldeias do MS, desta vez decidiram ajudar na construção do templo da aldeia Pyciry, Paraguai, fronteira com o Brasil, mas muito carente de apoio Glórias a Deus por esta equipe que tem sido sensibilizada para apoiar este povo e trazer a alegria do Senhor no meio deles.

3) Terenas dentro da reserva do Buriti, Igreja na aldeia Ôlho D'Água, no final de semana pp., a igreja vive dias de festas, muita alegria por mais 7 pessoas serem batizadas aumentando assim o exercito do Senhor Jesus, mesmo dentro do clima de insegurança que vivem com relação as terras em processo de demarcação. Louvamos ao Senhor Jesus por essas vitórias no meio de nuvens escuras dos confrontos pelas terras. Lembramos que você faz parte de nossas vitórias com seu apoio e orações.

11 de novembro de 2013

POSSO SER COMO VOCÊ SEM DEIXAR DE SER QUEM SOU.

Ensaio com a Eduardinha Terena de 5 anos. Filmado de improviso na igreja indígena urbana de Sidrolândia. O povo Terena é muito abençoado na música.

Oramos para que Venha o entendimento ministrado pela profeta Glaucia, do Maranhão, para que tenhamos aqui entre o povo Terena, uma verdadeira explosão de louvor e adoração como acontece nos últimos capítulos do livro de Salmos.

O Evangelho estraga a cultura??? O que percebemos é uma menina com a autoestima valorizada, principalmente porque pode provar que é verdadeira a frase mencionada em nosso ultimo congresso do CONPLEI nacional: POSSO SER COMO VOCÊ SEM DEIXAR DE SER QUEM SOU.

Final de ano movimentado nas tribos do MS.

1) Líderes viajam de avião para São Paulo.
Na primeira semana de novembro viajei com 9 líderes Terenas e Guaranis/Caiuás para a sequencia de um treinamento teológico que tem acontecido em várias aldeias aqui do MS, mas desta vez foi realizado em Atibaia -SP, na base missionária Montanha Jardim, esta base tem ministrado o curso e patrocinou as passagens aéreas também, que sem dúvida também é uma experiência muito positiva para a liderança da igreja indígena. No final participamos do congresso de pastores da PIBA (Igreja Batista de Atibaia) denominado "PREGUE A PALAVRA" . Foi um tempo abençoado e nossa liderança voltou com as forças renovadas para suas igrejas.

2) Recebemos também no inicio do mês de novembro muitas doações para os indígenas assentados na terras ainda em litígio na reserva indígena Buriti, onde ainda existe feridas resultante do confronto com a polícia há alguns meses atrás conforme divulgado intensamente pela mídia.
Neste mesmo período recebemos uma equipe da Jocum de campinas - SP, que realizou na primeira semana evangelismo de impacto através de teatro nas escolas, mas já sob nossa coordenação dar sequencia até o final do mês nas aldeias e acampamentos da tribo Terena, Região do Buriti, o que já esta acontecendo. A mencionada equipe de jovens tem realizado um trabalho maravilhoso tanto na cidade de Sidrolândia quanto nas aldeias, principalmente porque tem mostrado para a Igreja como sair das quatro paredes dando aos jovens uma visão clara de sua missão na sociedade e alcançando até a mocidade indígena mais aculturada que já tem absolvido muito do secularismo de nossos dias.

3) Pedidos de orações.

a) Para que esse tempo, juntamente com a equipe da Jocum nas aldeias e acampamentos, o Reino de Deus seja estabelecido e traga cura para as feridas deste povo e vejamos o reino de Deus, e não as feridas, estampado na fisionomia do povo Terena de nossa região.

b) Pela equipe que tralha no combate ao alcoolismo e pela reciclagem dessa equipe que atua a nível nacional, reciclagem esta que acontecerá na primeira semana de dezembro, na Chapada dos Guimarães- sede do CONPLEI.

c) Pelo primeiro congresso do CONPLEI, que denominamos de:" CONPLEI JOVEM", que acontecerá nos próximos dias 14 a 16 do corrente mês, na aldeia de Moreira, tribo Terena, município de Miranda - MS ( inicio do Pantanal). Esse congresso tem o o objetivo de despertar os jovens indígenas para a maravilhosa tarefa do IDE, a famosa grande comissão que na prática se torna uma grande omissão quando a igreja negligencia o imperativo do Senhor Jesus. Em nosso caso será a consolidação da terceira onda missionária entre as tribos que são os ÍNDIOS ALCANÇANDO ÍNDIOS.


Carregamento das doações de minha casa para aldeias.

Carregamento das doações de minha casa para aldeias.


Chegada da equipe da Jocum no hotel da aldeia (hotel de muitas estrelas).

11 de outubro de 2013

MANCHA DE SANGUE NA PRIMAVERA INDÍGENA INDÍGENA DO MS

A primavera espiritual chegou exuberante no inicio deste mês nas aldeias da fronteira, quando mais de 20 pessoas se renderam ao senhorio de Jesus Cristo através de um trabalho em conjunto com a equipe que ali trabalha permanentemente.O trabalho de libertação do alcoolismo ultrapassou as expectativas humanas. A chuva natural também chegou e o cenário de sequidão começou a mudar rapidamente e isto completou a chegada de um novo tempo para todos nós, porém, na semana passada, dois suicídios de alcoólatras trouxeram uma nuvem de tristeza para a equipe que luta apaixonadamente nesta obra e não admite a repetição do que tem sido normal na história deste povo. O Evangelho chegou, a luz brilhou e as trevas tem que sair, no entanto, o inimigo quer provar que não brinca de ser inimigo. O campo é vasto, o numero de pessoas nesta situação de prisão espiritual, somente nesta região da fronteira com o Paraguai, são milhares e não temos numero suficiente de ceifeiros para dar assistência a todos. Nossos pedidos de oração:

1) Que o Senhor da ceara envie mais ceifeiros.
2)Que o Senhor da ceara renove as forças físicas, emocionais e espirituais da equipe que já esta envolvida.
3)Que muitos frutos (vidas) sejam colhidas para o Sr. Jesus ainda nesta primavera.
4)Que o reino de Deus se estabeleça definitivamente entre este povo.

18 de setembro de 2013

Primavera no Mato Grosso do Sul

As flores, a chuva e as matas como um oceano verde anunciam a primavera aqui no MS, mas não somente a primavera natural, as vidas secas, orações secas e ministérios secos são inundados pelo Espírito santo de Deus nas aldeias Terenas de Sidrolândia marcando um novo tempo.
 
Durante um congresso de jovens que abandonaram a região do pantanal, 300km de distancia e fixaram residências na aldeia de Sidrolândia, quase trezentos jovens reuniram para louvar ao Senhor, parece  que em sintonia com a primavera, trouxeram um impacto muito grande para todos os moradores desta aldeia.
 
A presença do Espírito Santo foi muito forte e todos os presentes foram ricamente abençoados. Não ficou dúvida, um novo tempo chegou para igreja do Senhor que tem sido duramente sacudida nesta região indígena, e uma alegria invadiu o coração de todos os presentes que agora falam até em missões nas tribos não alcançada. Pedimos orações para que o inimigo não roube o que foi semeado no coração destes jovens, mas que os mesmos se levantem como verdadeiros missionário levando esta chuva para os que vivem em sequidão ainda.

2 de setembro de 2013

ALDEIAS ANSEIAM PELA PRIMAVERA

FRONTEIRA COM O PARAGUAI, TRIBO CAIUÁ: Inverno rigoroso, além do esperado, com várias consequências: Casas incendiadas pelo fogo interno, feito para aquecer o frio, mas as geadas continuaram e mataram o pouco da vegetação que ainda tinha vida. Agora tudo é sequidão e o clima é de deserto. Focos de queimadas que não demoraram a surgir e desta vez várias casas são consumidas pelo fogo externo. Não somente as aldeias, mas as fazendas vizinhas perderam dezenas de bovinos atingidos pelos incêndios e até uma pessoa foi vítima deste caos que deixa nosso céu coberto com uma nuvem de fumaça. Um grito nasce do nosso coração: QUE VENHA A PRIMAVERA, QUE VENHA O TEMPO NOVO QUE DEUS TEM PARA NÓS.

Mas este sonho pela primavera não é somente a primavera natural, que alias, é muito bem vinda e necessária, mas buscamos uma primavera espiritual acima de tudo, onde o homem é alcançado pela graça de Deus de maneira integral e tem sua história mudada para a história que Deus escreveu, no entanto, percebemos muita resistência a esta mudança e lembramos que a Bíblia nos alerta que nossa luta não é contra carne e sangue, por isso queremos dizer que essas linhas introdutórias são nossos pedidos de reforço nas orações por esta frente de combate porque apesar de ser esta a realidade natural, não cremos nela, cremos na Palavra de Deus que diz: "As portas do inferno não prevalecerão contra minha igreja". Pela fé já vemos a primavera, porque da mesma maneira que a sequidão favoreceu o fogo natural, assim também a sequidão dos corações, as dificuldades naturais que enfrentamos, é um preparo para que o fogo do ES incendeie cada vida e o novo tempo que Deus planejou alcance este povo tão sofrido.

2) TRIBO TERENA, SIDROLÂNDIA - MS
Esta região esta superando o trauma do conflito policial que viveu há alguns meses. O inverno tem castigado esta região também, porém, já é um povo mais preparado e mais abençoado. As várias igrejas existentes nestas aldeias estão clamando ao tribunal da graça Divina, pedindo uma solução definitiva para a questão agrária, mesmo assim, nossa fé continua sendo provada, pois no dia 27 pp. o ministério da justiça deveria dar um posicionamento final sobre a indenização das áreas que já estão ocupadas pelos indígenas desta região, mas a data foi adiada mais uma vez, sendo este o terceiro adiamento depois da ultima crise com a polícia. O Senhor faz com que todas as coisas contribuam para o bem dos que O amam e não será diferente nesta situação, mas o seu apoio, suas orações são mais importantes do que nunca. Graças a Deus que a igreja que se reunia em quatro paredes, agora esta espalhada em vários acampamento vivendo o grande privilégio de ser sal e luz sem ser religiosa. Como no livro de Atos a igreja cresceu quando perseguidas e se espalhou, que seja assim aqui, cremos em um grande crescimento da igreja em nosso meio.

21 de agosto de 2013

ALDEIAS QUASE EM FUGA NO INVERNO

"QUE A VOSSA FUGA NÃO ACONTEÇA NO INVERNO". Esta frase Bíblica de Mt. 24:20 traduz melhor as dificuldades enfrentadas pelas aldeias do MS

1) Aldeias da fronteira com o Paraguai, tribos Guarani/Caiuá, parece viver estes dias profetizado pelo Mestre no livro de Mt. A situação de Caos e pobreza extrema já é conhecida pelos nossos e-mails, alias, é uma história que vem se agravando desde o descobrimento desta terra em 1.500. A frente fria que chegou neste ano veio com muitas geadas queimando completamente um inicio de plantação desta comunidade, que com muitas lutas, havia conseguido um acordo para esse plantio, tendo em vista que a mesma não dispõe de terras demarcadas que possa utilizar. Algumas casas foram queimadas durante o frio, quando as famílias tentaram amenizar o mesmo mantendo um pequeno fogo aceso, que faz parte da cultura indígena, mas o desaparecimento da madeira apropriada fez as labaredas se levantarem e o pior aconteceu. Agora não são somente as casas que estão propicias para incêndios, apesar que outras casas já forma queimadas, todas as aldeias, as fazendas vizinhas, tudo que era pasto verde agora é um quadro de tristeza e morte da natureza que outrora fora exuberante nas montanhas da região. A umidade do ar alcança níveis de alarme e muitos focos de incêndio cobre o céu de fumaça e até surge uma pergunta: FUGIR SERIA UMA SAÍDA? MAS FUGIR PARA ONDE? Para aqueles que já tem Jesus a fuga é a mesma do salmista do Sl. 121 e mais ainda, esses mesmos que já sabem onde buscar o socorro, estes são canais de Deus, juntamente com os irmãos missionários, para que este socorro alcance toda a comunidade e entendam que as horas mais escuras de uma noite são as que antecedem o raiar de um novo dia. E assim, com muito frio ainda, barriga vazia, mas cheio de esperança porque este novo dia parece mais perto que nunca, pois apesar da burocracia, a liberação das terras que pertence a esta comunidade fronteiriça acena sinais de que desta vez não será apenas mais um sonho condenado a sepultura, mas você,seu apoio direto ou indireto e suas orações fazem parte deste capitulo difícil, porém que em Cristo somos e seremos sempre mais que vencedores.

2) Aldeia de Maracaju, tribo Guarani/Caiuá.
A situação se repete e não tem grandes diferenças da anterior, apesar de já possuir sua terra demarcada o estrago das geadas foram os mesmos, mas em anos anteriores havíamos providenciado o sistema de sopão para estas épocas de crise e o atual prefeito assumiu esta responsabilidade que muito tem ajudado a esta aldeia. No entanto, a maioria dos homens trabalham nas fazendas vizinhas e isto ajuda muito a subsistência de suas famílias. Estamos correndo atrás de projetos de lavoura que seja compatível com um terreno sem a devida correção do solo, talvez a mandioca, para que em setembro possamos iniciar nosso plantio.Não temos encontrado apoio de técnicos de agricultura para aprimorar nossos projetos e agora nasceu o sonho com a piscicultura que em nossa maneira leiga de ver achamos que temos açudes apropriados. Pedimos suas orações a respeito e aproveitamos para desafiar técnicos nestas áreas mencionadas, que desejarem investir um tempo aqui conosco, serão muito bem vindos.Neste período tivemos a oportunidade de trazer irmãos Caiuwas da fronteira para compartilhar suas experiências de fé em Jesus com os irmãos e todos os demais daqui e percebemos ser uma excelente estratégia. A princípio ficaram apenas dois dias, mas queremos traze-los para um período mais longo, pois a convivência, o dia a dia é a melhor pregação para uma cultura diferente, alias, é o verdadeiro discipulado para todas as culturas, mas no nosso caso já ganhamos tempo porque ainda não aprendemos falar em Guarani e sabemos que isto é imprescindível para o aprendizado verdadeiro. Resumindo é um programa de intercâmbio e contamos com suas orações.

3) Sidrolândia e Dois irmãos do Buriti - MS. Tribo Terena.
O grito engasgado de vitória na luta pela posse de suas terras ainda continua na garganta. Reuniões sucessivas sempre protelam um basta nesta agonia de corpo, alma e espírito deste povo. Verbalmente já existe uma definição, porém com muitas condicionais. Os fazendeiros exigem um preço justo pelas indenizações e moeda corrente, não títulos do governo. O governo do estado precisa indenizar,mas as terras serão de propriedade da União. Na cabeça do indígena é uma selvageria chamada de civilização, enquanto isto o tempo voa, nada pode ser legitimamente usufruído e o peso de manter os acampamentos que garantem a posse das mencionadas áreas esmaga a paciência que é saúde da alma e a saúde física também vai se esgotando, porque não dizer que a saúde espiritual também tem sido duramente provada, não somente pela demora, mas principalmente porque houve derramamento de sangue de entes queridos. As igrejas ficam vazias porque os membros estão acampados. Nos templos estrategicamente construídos tudo era mais fácil, havia vários visitantes e até lutas denominacionais, mas agora, espalhados pelas matas, sem microfones (sem oportunidades), sem caixa de som, sem água potável, luz, etc, o interesse diminui muitíssimo. O que se desenha pela frente é que novamente chegou a vez dos Apóstolos, dos pioneiros, aquele que arrancam os tocos para nascer estradas, até que tenhamos novamente os pastores reverendos que estarão dispostos a trazerem suas novidades da cidade, do sistema grego-romano, como se fosse algo do Reino dos Céus. Mas glórias a Deus que o Reino dos Céus esta chegando antes. As dificuldades, os estreitos de Peniel nos levam ao um encontro com o Todo Poderoso e de alguma maneira já fazemos esta leitura na vida de muitos de nossos irmãos dessa região. As Geadas não pouparam e continua ainda nestes dias, mas Deus faz, sempre fez e sempre fará todas as coisas concorrerem para o bem dos que o amam. Aqui o Sl. 121 também é nossa oração e segurança . Ontem houve uma grande reunião em Campo Grande e tínhamos excelentes expectativas, no entanto, mais uma adiamento, desta vez para o final do mês em Brasília, nós porém, continuaremos orando, cantando e declamando o Sl. 121, mas não esquecemos que você é nosso parceiro nesta luta e canal pelo qual muitas vezes o Senhor Jesus trás a resposta do Sl 121e nossa opção é: BUSCAR AO SENHOR SIM, FUGA NÃO, EM NOME DE JESUS!!!

Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

12 de agosto de 2013

TRIBO TERENA TEM A ESPERANÇA AUMENTADA DE REAVER SUAS TERRAS

A data prevista pela justiça foi adiada do dia 05 para dia 08 do corrente mês para que uma definição da questão das terras em Litígio acontecesse na reserva indígena Buriti, Sidrolandia - MS e a situação foi parcialmente resolvida o que já foi motivo de grande esperança para comunidade indígena local, porém, ainda se percebe uma disputa entre o governo estadual e federal para saber quem assumira o compromisso da indenização aos fazendeiros que possuem títulos de propriedades fornecidos pelos órgãos competentes na época em que os mesmos tomaram posse das mencionadas propriedades. Mesmo assim a comunidade indígena já comemora, com cautela, essa vitória parcial conquistada e cultos de gratidão já estão agendados para o próximo final de semana nas aldeias onde já temos igrejas evangélicas e também a comunidade evangélica indígena estende sua gratidão a todos que intercederam junto ao tribunal de graça e misericórdia do Pai Celeste que tem sua mão estendida para abençoar a todos que Nele buscam socorro.

Também foi motivo de alegria diante do Senhor Jesus, o retorno do Joziel que foi ferido, no confronto pelas terras, com uma bala que ficou alojada em sua coluna e a previsão médica era que ele ficaria paraplégico, no entanto, ontem retornou do hospital de Brasília, já apresenta vários movimentos físicos que trazem muitas esperanças de uma recuperação total. O Oziel é primo do Joziel que foi morto durante o mencionado confronto.

Infelizmente alguns dias que as datas são adiadas e o suspense das autoridades para definições desta situação parecem uma eternidade para a comunidade acampada da maneira mais rústica possível, mas cada dose de esperança o ânimo de todos são renovados e um grito de gratidão a Deus, que parecia bloqueado na garganta, mas finalmente vai sendo liberado aos poucos nas palavras e fisionomia dos Terenas.

Os ministros que vieram a Campo Grande - MS para solução desta questão estão agora em Dourados e nossos irmãos Guaranis/Caiuás, do município de Antonio João, que tem suas terras nas mesmas condições dos Terenas e ficam próximos a Dourados, esperam que desta vez a solução alcance suas aldeias também, área que foi homologado pelo então presidente FHC, e que até hoje se arrasta no sistema judiciário nacional.

Essa comunidade que fica na fronteira com o Paraguai tem vivido uma situação caótica, abaixo da linha de pobreza e com um índice altíssimo de suicídio e alcoolismo, onde a maior dificuldade para igreja ajudar de maneira mais eficiente é a falta da demarcação de suas terras para que desenvolvem suas lavouras e outros projetos de auto-sustentação.

Cremos que um novo tempo esta começando para nossa região, sabemos que nossa responsabilidade e privilégio no reino de Deus aumentam, mas nossa gratidão a sua participação conosco e nossa oração é que juntos avancemos para que o Reino de Deus venha em sua plenitude não semente entre os Terenas e Caiuas, mas em todas as tribos indígenas e toda nossa nação brasileira.

Pedimos orações para que as pendências para definição total destas questões sejam abreviadas em nome do Senhor Jesus a quem damos toda honra, louvor e glórias.

29 de julho de 2013

FRIO E FOGO NAS ALDEIAS.

Aldeias Guarani/Caiuá.
Na fronteira com o Paraguai, onde o frio chegou com muita intensidade, a trágica solução da comunidade indígena foi aumentar o fogo dentro das casas de palha como solução, mas a consequência foram os incêndios de três casa agravando muito mais a situação. Graças a Deus pelos irmãos que moram no município de Antônio João, com objetivo de apoiar estas famílias indígenas e a primeira decisão foi comprar lona preta suficiente para agasalhar essas pessoas o correr atrás de agasalhos e depois trabalhar na reconstrução das casas. No entanto, este é o Evangelho de Cristo que pregamos, que muitas vezes é julgado de estragar a cultura. Porém, não é somente o fogo que destrói, mas o fogo do Espírito Santo continua aquecendo os corações destes irmãos através dos programas tradicionais da igreja como também através do programa de libertação do alcoolismo que tem trazido transformações de vidas para as quais não havia mais esperança

Aldeia Sucuri, tribo Caiuá, Maracaju- MS.
Um casal que participa do programa de libertação do alcoolismo sofreu incêndio em sua casa, uma das poucas que já são de alvenaria, mas já e a segunda vez que esta casa apresenta problemas elétricos e queima parte da casa. O casal mencionado e a filhinha de aproximadamente 7 anos passam bem e estão pedindo apoio  para reconstrução da mesma. O caso mencionado anteriormente é mais fácil de explicar de maneira natural, mas este ultimo chama nossa atenção para lembrar que não lutamos contra carne e sangue, por isto, seu apoio financeiro juntamente com suas orações são imprescindíveis. Para o programa de libertação do alcoolismo teremos nesta aldeia, na próxima semana, três irmãos Caiuás da fronteira para ajudar nessa atividades aqui em Maracaju, com seus testemunho pessoal das vitórias alcançadas em Cristo Jesus contra o alcoolismo.

Tribo Terena, Região do Buriti, Sidrolandia - MS.
Graças a Deus não houve incêndio como nos irmãos Caiuás, as casas estão com as palhas muito verde ainda, mas o sangue ainda continua quente em muitos dos acampados. Graças a Deus temos recebido doações de igrejas de São Paulo e outros estados que tem chegado no momento exato, pois o inverno atrasou, mas chegou com toda força nestes últimos dias. Dentro do possível os acampados receberam alimentos e agasalhos, alguns irmãos fizeram questão de trazerem pessoalmente suas doações tiveram o privilegio de orar com e pelos indígenas acampados. A constatação que temos é que todos de alguma maneira ficam mais sensíveis a ouvir a Palavra do Senhor, até mesmo os que ainda não tinham assumido um compromisso com Cristo e nossa oração é para que essas pessoas se rendam ao único que pode dar segurança de uma vida superabundante nesta vida e muito mais no porvir.

20 de julho de 2013

INDÍGENAS ACAMPADOS RECEBEM APOIO

Anexo foto de caminhão descarregando doações em nossa casa, material este que deverá ser distribuído pelos vários acampamentos da tribo Terena, região do Buriti, onde aconteceu no mês passado um massacre deste povo. Como se não bastasse, os fazendeiros patrocinam a distribuição de panfletos com fotos de muita soja e os dizeres: "ACORDA BRASIL, PARA CADA HECTARE A MAIS DE RESERVA INDÍGENA UM HECTARE A MENOS DE SOJA, MILHO OU CANA". No entanto, o que continuamos pregando nessas aldeias é: "VAMOS CONTINUAR ROMPENDO EM FÉ"; Essa musica maravilhosa traduz nosso dia a dia. "Cada vez que nossa fé é provada é uma oportunidade de crescer um pouco mais". Fé que cresce e amadurece, pois temos ministrado os familiares do jovem falecido, os demais que foram feridos naquele incidente e é claro: Feridas profundas são identificadas, mas a PALAVRA DE DEUS é uma espada que penetra com muito mais eficiência que um bisturi médico e realiza curas profundas e insondáveis. Lágrimas ainda são derramadas, mas depois da Palavra o Brilho de esperança de um novo tempo é estampado na faces de nossos irmãos e um degrau de maturidade é alcançado capacitando-os a liberar perdão até para os inimigos conforme os ensinos de Jesus. E a superabundante graça sensibiliza muitos irmãos de São Paulo e outras cidades que já enviaram suas doações mostrando a estes irmãos: VOCÊS NÃO ESTÃO SOZINHOS.

OBRIGADO SENHOR!!! AINAPUIACUÉ,na língua Terena, mesmo assim não expressa toda nossa gratidão pelo apoio que temos recebido em um capitulo tão dramático de nossa história.

Nossa gratidão a você também que direta ou indiretamente tem sido um canal dos céus em nossas vidas, para que o Reino de Deus continue avançando nas tribos brasileiras, pois estas tribo, Terena, é a mais evangelizado do Brasil, portanto, celeiro de obreiros para as demais que ainda não conhecem ao Senhor Jesus neste país e o inferno não vai parar este chamado que queima nossos corações, porém, somos conscientes que somos um exército, um corpo, e esta tarefa só será completada com sua parcela de ajuda nesta peleja.

Graças a Deus que no meio do povo Guarani/Caiuá, tudo continua em uma relativa normalidade e a obra do Reino de Deus continua avançando e também tem desfrutado de visitas de igrejas que muito tem nos abençoado neste inverno. Nestas tribos os trabalhos da igreja nas aldeias continuam crescendo juntamente com o programa de libertação do alcoolismo que continua dando muitos frutos.

Cantamos que nossas provações não são maiores que nosso Deus, mas também pedimos: Orem por nós para que sejamos sensíveis a esta verdade e não as circunstâncias.

19 de junho de 2013

SONHAR É MAIS FORTE QUE ALCOOLISMO NAS TRIBOS!!!

É lamentável a maneira como tudo tem acontecido aqui nas tribos do MS. Nada tem mudado desde o descobrimento desta terra. Os argumentos para justificar o GENOCÍDIO das nações indígenas não mudaram. Desta vez todos sabemos que o que interessa para o País, ou melhor, para o partido no poder, é o agronegócio custe o que custar, no entanto, a PALAVRA DE DEUS continua sendo a solução para todos que Nele esperam. Portanto, o que deveria ser o CAOS, pode ser uma grande ajuda para o reino de Deus aqui nas tribos em crise no MS.

Um forte inimigo que temos atacado é o alcoolismo, mas vemos nestes dias o quanto a CAPACIDADE DE SONHAR substituiu essa obsessão pelo álcool. Os bêbados estão ocupados em plantar nas áreas que foram definidas como terra indígenas e cultiva-las é uma das maneiras de tomar posse das mesmas.Devido as crises divulgadas pela mídia, os nossos programas de combate ao alcoolismo foram suspensos temporariamente entre os Terenas porque as prioridades foram mudadas também, mas com alegria vemos que o álcool deixou de ser prioridade para o bêbado, ele é agora um sonhador também juntamente com os demais da comunidade indígena. Sua prioridade é plantar e SONHAR com uma vida de dignidade em família e justiça social.

Sabemos que esta ainda não é a solução definitiva para o alcoolismo, mas fica muito claro que a raiz mais forte que faz do indígena brasileiro ser um alcoólatra inveterado é ter na consciência ou subconsciência sonhos que foram sepultados deixando apenas uma lembrança de dor, lágrimas e sangue.Mas o evangelho que pregamos Jesus diz: EU SOU A RESSURREIÇÃO!!!
Nossa oração é que Deus faça esta atual crise concorrer para o bem das tribos e para os pecuaristas brasileiros, pois isto é o Reino de Deus para nossa nação.

As igrejas indígenas estão do jeito mais primitivo ainda. Agora estão nos acampamentos, debaixo de árvores, a beira de rios e as noites como hotéis de muitas estrelas. A alimentação tem se tornado escassa, o inverno que se aproxima pode complicar mais ainda para nossos irmãos acampados, pois a cozinha é coletiva e são distribuídas em várias locais dentro das matas. Pedimos orações neste sentido, principalmente para que a fé de muitos não desfaleça, mas seja fortalecida, pois como já disse alguém: "Soldados de elite são forjados no furor dos combates."

PARA ENTENDER POR QUE MATAM OS ÍNDIOS

Elaine Tavares

No início do século XX o Brasil decidiu expandir suas fronteiras agrícolas, fortalecendo a sua posição de país dependente, exportador de matérias primas. Era necessário então avançar pelo interior, abrir caminhos para a pecuária e a agricultura. Aí entrou em cena o Marechal Rondon, que sonhava com uma convivência pacífica entre índios e brancos: "morrer sim, matar, jamais". Mas, esse legado de humanidade se perdeu no tempo. "Pacificados," os indígenas chamados a se "civilizar", a entrar no ritmo da sociedade branca, foram perdendo sua identidade, suas raízes, sua cultura. Outros, renitentes, foram alojados em reservas, como se fossem bichos exóticos, com suas terras diminuídas e tutelados pelo estado. O território "pacificado" ganhou escrituras, donos, cercas. E aos verdadeiros donos do território restou a nostalgia de um tempo em que eles podiam viver à sua maneira.

Agora, durante o mais novo ciclo de desenvolvimento dependente brasileiro, que teve início no governo Lula, é justamente essa dita fronteira agrícola que busca se expandir outra vez e, de novo, às custas dos povos originários ou dos camponeses sem terra. Mas, quando falamos em agricultura não está em questão aquela que produz comida para a mesa dos brasileiros, e sim a de exportação, que na linguagem empresarial ganhou o pomposo nome de agronegócio. Pois esse negócio (o agrobussines) representa mais de 22% da riqueza total produzida no país, o que não é pouca coisa. Só a China tem importado mais de 380 milhões de dólares em produtos agrícolas, bem como os Estados Unidos que encosta nessa mesma cifra.

Segundo informações do governo federal, dados de 2011, os produtos de maior destaque que saem do país são as carnes (US$ 1,14 bilhão); os produtos florestais (US$ 702 milhões); o complexo soja - grão, farelo e óleo (US$ 685 milhões); o café (US$ 605 milhões) e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar (US$ 372 milhões). Nota-se que a maior parte da exportação diz respeito a grãos (que no geral servem para alimentar animais) e madeira, dois legítimos representantes da monocultura destruidora de terra.

Cálculos do governo apontam para o sucessivo crescimento da produção de grãos, principalmente a soja, que tem aumentado a área plantada em 2,3% ao ano. Não é por acaso, então, que o Mato Grosso do Sul seja o principal foco de disputa de terra e de violência contra os indígenas. É justamente a região centro-oeste a responsável por 45% da produção de soja. E é lá também onde existe uma grande parcela do povo autóctone, esperando demarcação de suas terras.

A partir do ano de 2003 outra fronteira começou a se alargar na plantação de soja, atualmente outro espaço de violentas disputas, a da região da caatinga e a parte nordestina da Amazônia. Também não é sem razão que o governo esteja levando adiante obras gigantescas como as Hidrelétricas na Amazônia e a transposição do Rio São Francisco. Tudo isso é para atender a demanda dessas plantações. E é sempre bom frisar: não é comida para o povo, é produto de exportação. Vai para fora do país.

Não bastassem os projeto mirabolantes para beneficiar o agronegócio, o governo também disponibiliza, através do Plano Safra, crédito a juros abaixo do mercado. Ou seja, os mais ricos pagam menos pelos empréstimos, enquanto os pequenos, que plantam a comida que vai para a mesa da população, amargam juros altos e falta de apoio. Também está em andamento o Plano Estratégico do Setor Sucroalcooeiro, que visa ampliar a área de cana-de-açúcar para a produção do etanol. mais uma vez, não é comida o que essa gente produz.

A lógica é a de sempre: garantir rentabilidade para poucos donos de terra, reforçar o sistema agroexportador, apoiar a ação de multinacionais predadoras, e seguir o caminho de dependência econômica, já que produtos agrícolas de baixo valor agregado tornam a economia bastante vulnerável. Mas, ao que parece isso não importa. O que vale é seguir investindo nos grandes produtores para manter a balança em superávit, mesmo que isso precise custar soberania, destruição ambiental e morte daqueles que ousam "atrapalhar" o esquema.

Assim, na mesma semana em que indígenas são assassinados no Mato Grosso do Sul, o governo anuncia mais um pacote de  136 bilhões de reais para a agricultura empresarial (o agronegócio). É a completa rendição.

O caso da demarcação das terras indígenas no Mato Grosso do Sul ou em qualquer outro estado do país não está fora do contexto desse avanço e fortalecimento do agronegócio. Os fazendeiros querem mais terras e não estão dispostos a permitir que seres que eles consideram "inúteis" vivam sua cultura de equilíbrio ambiental e desenvolvimento fora do ritmo capitalista. Para aqueles que apenas conseguem enxergar os números da bolsa de Nova Iorque, a população indígena é um entrave que precisa ser retirado do caminho a qualquer custo. Para isso contratam jagunços e mandam bala. Fazem ouvidos moucos ao clamor que se levanta.

Ajudados pela mídia comercial, dominada pela elite que verdadeiramente governa o país, esses empresários rurais conseguem também entrar na cabeça das gentes, fertilizando um discurso racista, preconceituoso e violento. Pessoas simples, trabalhadores, gente que deveria ser solidária aos indígenas na sua luta pelo direito de viverem em suas terras, acabam reproduzindo o mantra diariamente veiculado na televisão: que os índios são vagabundos, que não querem trabalhar, que não precisam de terra, que vão vender os terrenos, que vão explorar a madeira, e assim por diante. "Compram" a mentira diuturnamente produzida e tornam-se cúmplices de mais um massacre da população originária, verdadeira dona desse lugar.   

Não bastasse isso o governo federal se curva aos interesses da classe dominante e emprega a força bruta para atacar manifestações legítimas dos povos indígenas e das gentes que apoiam a causa originária.

O conflito que temos visto se explicitar nas estradas do Mato Grosso do Sul, na Amazônia e até aqui, no Morro dos Cavalos, nada mais é do que a luta de classe, típica do capitalismo. De um lado, o latifúndio defendendo seus interesses, do outro, os explorados, buscando vida digna. E, no meio disso tudo uma nação alienada pela constante deformação informativa da mídia comercial que transforma em inimigo aqueles que são as vítimas do sistema.

A saída para esse imbróglio é a luta mesma. Nada será concedido pelo governo, que já se ajoelhou diante do agronegócio. Agora, o desafio é tirar o véu do conflito, escancarar as causas, abrir os olhos dos entorpecidos pela mídia. E isso, sabemos, é coisa difícil demais. Mas, também não é coisa que deva nos imobilizar. Pelo contrário. Nessa hora em que os irmãos indígenas enfrentam as balas e a morte, é preciso apoio concreto e efetivo. O bom mesmo seria que as gentes saíssem para a rua em solidariedade à luta indígena. Enquanto isso não acontece vamos fazendo o trabalho de formiga, levando outra informação, para que as cabeças possam compreender o direito dos indígenas.

Não é possível que os sindicatos e os  movimentos sociais não se levantem em apoio. Não é possível que as gentes brasileiras não se co/movam com o drama de uma gente que perdeu tudo o que era seu e que hoje vive confinada em reservas. O que fizeram para serem prisioneiros do estado e da sociedade? Que crime cometeram além de estarem aqui, criando suas famílias, quando os invasores chegaram? Por que precisam pagar pelo fato de existirem e quererem seguir vivendo sua cultura?

O que farias tu se alguém chegasse na tua casa e te arrancasse dali sob o pretexto de que é preciso passar por ali o progresso - mas não de todos, apenas de alguns? Porque o direito do agronegócio é maior do que o de uma comunidade inteira?

Essas são perguntas que não querem e não podem calar. Todo apoio aos irmãos indígenas!

31 de maio de 2013

MANIFESTO DE ESPERANÇA.

O que temia me sobreveio (Jó 3:25)

Queridos companheiros de batalha, os ventos contrários estão soprando fortemente nestes dias, peço orações. Segue manifesto que pretendo melhorar e publicar.

MANIFESTO DE ESPERANÇA.

31 de maio de 2013

Sem ouvidos atentos, de mãos lavadas e mostrando uma falta absoluta de resolutividade o estado e seus eleitos representantes, nos assustam com a covardia diante da morte de mais um indígena pela policia federal. Perdemos Oziel Gabriel, a família chora, a nação indígena se assusta, os verdadeiros amigos lamentam, enquanto a notas oficiais justificam medidas descabidas que não devolvem a terra, a vida, o direito de defesa e a justiça. Enterraremos nossos mortos na terra que não nos pertence, quem sabe sua semente brote na consciência publica e a nossa gente seja ouvida.

Os beneficiários das medidas judiciais não aparecem em cena. Suas fazendas antes nossas, agora legalmente incorporadas a custo de sangue, vão abastecer os bolsos dos donos do poder nas próximas eleições. Isto é uma questão cronológica e o sabemos muito bem. Eles virão pedir nosso voto, mais não lhes daremos. Aguardem!

Cresce o agronegócio garantido por mecanismos legais que mercantilizam nossas terras. O desenvolvimento tem uma face sombria e nos afoga com as aguas energéticas das usinas sem compaixão. O desequilibro poderia ser ambiental mais se agrava pelo lado humano com o esquecimento de nossa gente e da geração de crianças e jovens sem saúde, educação e instrumentalização para o trabalho produtivo. O sentido sagrado da terra se dissolve com a demarcação e sequer um cemitério nos sobra para a despedida dos nossos mortos. Esse lamento parece não ter fim, pois dia-a-dia somos surpreendidos com novos vizinhos: grileiros, madeireiros, fazendeiros, pistoleiros, traficantes e os anônimos solidários do estado. Já não somos indígenas. Cidadão de categoria nenhuma. Parece mesmo que voltamos à condição dos colonizadores: bestas sem alma.

Por conta desse grande equivoco encerraremos nosso pranto. Continuaremos defendendo a dignidade de viver e ser respeitado, associaremos nossa crença ao dizer do Bispo Casaldáliga “a causa é toda nossa - toda do Deus da Vida”. Somaremos as assinaturas nas inúmeras cartas e manifesto de protesto, escreveremos, contaremos a verdade dos fatos sem o rancor e a culpa histórica que nos que amesquinhar.

E assim pedimos ao Governo nas instâncias municipais, estaduais e federais bem como sua representatividade judicial, legislativa e gerencial (executiva), que corram com medidas de equacionamento em defesa dos direitos humanos e as garantias mínimas irredutíveis – que o cidadão indígena tem em sua relação com:

- a propriedade da terra;
- a identidade de ser povo com etnia distinta;
- os valores de nossa cultura e riqueza de nossos idiomas;
- a defesa da vida privada e em comunidade;
- a punição para os criminosos de nossos pais, filhos e filhas, irmãos e irmãs;
- a prisão para os ladrões de nossas terras, riquezas minerais, animais, vegetais e aquíferas;
- a liberação de processos emperrados que retardam a pratica da justiça em nosso favor;
- as indenizações não pagas pela sociedade civil através de empresas, pessoas físicas, entidades publicas e privadas.

Assinam esse manifesto de esperança, alguns homens e mulheres, jovens e crianças, entidades e uma parcela daqueles que se mantêm vivos, mesmo diante do descompromisso com a verdade e a justiça em favor dos Povos Indígenas do Brasil.

28 de maio de 2013

EC. 3:8b HÁ TEMPO DE GUERRA E TEMPO DE PAZ. (MAS A PAZ VIRÁ PELO PRÍNCIPE DE PAZ E SERÁ PAZ SEM FIM)

Por mais de duas semanas o clima é de guerra entre a tribo Terena e fazendeiros da região de Sidrolândia e Dois irmãos do Buriti, MS. São  mais de dois mil indígenas acampados nas áreas consideradas pelo governo federal como terras indígenas, porém, os fazendeiros nunca desocuparam as menciodadas áreas onde existem cinco fazendas que tem suas atividades voltada para pecuária.

Logo no inicio da ocupação pelos indígenas foi emitida pelo poder judiciários uma ordem de reintegração de posse favorecendo os fazendeiros, mas devido ao grande número de indígenas na área foi iniciado um período de negociação entre a policia federal com a liderança indígena.

A data prevista para reintegração de posse que deveria ser executada pela policia já foi ultrapassada e foi marcada uma reunião em Campo Grande, para o próximo dia 29, quando esperamos uma solução definitiva favoráveis aos Terenas, que estão em condições subumanas, mas desta vez, se comportaram com prudência, não depedraram as sedes das mesmas. Um dos fatores negativos para a igreja indígena é que um  grande número de membros estão também acampados em lugares distantes dos locais das igrejas ou dos centro comunitários onde ficam somente os mais idosos.

Muitas são as conseqüências para a comunidade local, para cada família indígena, porque não sabemos o que pode acontecer nos próximos dias, mas temos a certeza que a PAZ VIRÁ!!! SERÁ PAZ SEM FIM!!! ESTE É O SONHO DO CORAÇÃO INDÍGENA DESDE QUE ESTE PAÍS FOI DESCOBERTO! Mas  parece que desta vez ele está mais distante, no entanto, esta não é a verdade. Cada coração dilacerado do indígena ou não indígena é um campo missionário pronto para receber a semente daquele que é o PRÍNCIPE DA PAZ!!! E cabe a mim a a você, semear esta paz, não geográfica, mas a paz interior, a paz de Cristo que excede todo entendimento e as portas do inferno não prevalecerão!!! Sim, as dificuldades aparentes aumentam em todos os sentidos, mas não estamos olhando para elas, queremos continuar olhando para Aquele que disse: IDE, ESTAREI CONVOSCO SEMPRE!!! E quando você está conosco, não tenho dúvida que é Ele cumprindo sua promessa.

Nossas atividades continuam normais, hoje distribui muito macarrão que recebemos de doação para ajudar combater a desnutrição entre os Caiuás, mas suficiente para apoiar os mais necessitados da tribo Terena também.

23 de maio de 2013

Ef. 6:13 ARMADURAS DE DEUS PARA VENCER NO DIA MAU

Dia de guerra natural e espiritual entre o povo Guarani/Caiuá e Terena no MS, aliás, todos os dias são dias de guerra para nós, mas vivemos hoje momentos de muita tensão. Na aldeia de Maracaju são enfermidades e alcoolismo que ataca a saúde fisica, saúde da família e saúde de tudo que temos conquistado de bom para esta comunidade. Ainda continua internado o irmão Albino, vítima de derrame cerebral, o líder na igreja do programa de combate ao alcoolismo.
Já na tribo Terena o clima é de guerra, pois a comunidade esta aguardando a polícia para cumprir a ordem de reintegração de posse para os fazendeiros de uma área ocupada há mais de dois anos por esta tribo.

Nesta situação cada instante parece uma eternidade, pois não sabenos o que esta por vir, por isto queremos estar concientes das armaduras de Deus sobre nós e pedimos orações neste sentido a nosso favor e a favor da igreja do Senhor dentro dessas aldeias.

13 de maio de 2013

MAIS UM DIA NA LUTA CONTRA O ALCOOLISMO E SUAS CONSEQUENCIAS NAS FAMILIAS

O FL (Festejando a Libertação)  em Maracaju, MS, foi bem diferente, mas foi uma benção.

O irmão responsável não havia entendido todos os principios do curso e planejou para hoje, começando com visitas aos alcóolatras desde quarta feira.  Todas a casas visitadas foram tocadas pelo Espíto Santo de Deus, mas somente um casal compareceu na reunião de hoje, que para olhos naturais foi um fracasso, no entanto, vemos que este casal era o alvo de Deus para hoje, por isto segue um pouco da história do Casal Wilson Turibio e Marinalva Turibio.

Quando começamos o trabalho naque la aldeia, ha 13 anos atrás, este casal já havia perdido 4 filhos por desnutrição, mas não tinham nenhuma reação de tristeza aparente e já eram alcóolotras. Isto descreve um pouco o nível de sofrimento deste povo. Foram dos primeiros a serem batizados e participaram com firmeza no inicio da igreja. A vida do casal mudou, uma filha que ainda estava viva ficou saudável e nasceu mais uma filha. Toda familia vivia bem e animados na igreja,  na escola e no trabalho da comunidade onde o Wilson chegou a ser cacique com resultados positivos para todos. Depois de nossa mudança para Sidrolândia e da expulsão do missionário que deixamos na aldeia eles foram muito abalados na fé e voltaram para a antiga vida. Como agravante, este casal não sabia onde andava sua filha mais velha, 13 anos, nos últimos três dias. Eu pesquisei e fiquei sabendo que ela já se casou e os pais não sabem, aliás, no atual estado, não é bom que a filha volte ao lar porque não existe lar para voltar.

Ontem, quando chegamos em sua casa, o casal estava com fisionomia de ter bebido muito, mas pudemos conversar e orar com eles. Foi uma declaração de guerra no mundo espiritual na vida dos dois. A noite o Wilson disse que satanás apareceu para ele e de cima de sua casa jogou uma corda para que ele se suicidasse. Ele aceitou a proposta, pegou a corda, colocou no pescoço, neste isntante a esposa percebeu e tirou  a corda que não era sonho, era real. Tarde da noite, já estavam dormindo, o Wilson acordou com um barulho e viu uma mão sobre sua esposa, mas dessa mão saia luz. Ele teve medo da visão, e me parece que começou a orar e a visão desapareceu.

Eu não participei hoje, apenas fiquei sabendo pelo celular, mas a ministração do FL foi transformado em um tempo exclusivo para este casal, que conforme relato, está muito impactado. O responsável relata que sente o corpo todo dolorido como alguém que tenha brigado muito. Eu apenas confirmei: "brigou mesmo". Esta é a guerra que entramos nela, não para vencer, é uma guerra que já  vencemos em Cristo, pois conhecemos a derrota de satanás há  dois mil anos atrás naquela cruz e também a nossa vitória naquele mesmo instante. Nossa parte agora é avançar e saquear o inferno, libertar os prisioneiros para povoar os céus. Que toda glória seja de nosso Senhor Jesus. Sinto feliz por este casal, tem apenas um detalhe: É so o começo.

Mencionei os nomes para que vocês continuem orando por nós e muito em breve teremos boas novas sobre o casal mencionado e sobre toda a comunidade que já tem vários candidatos ao batismo.

4 de maio de 2013

O Edson filmou o trabalho com as crianças nas aldeias da reserva Buriti, tribo Terena.

3 de maio de 2013

Mês de abril movimentado nas aldeias do MS

Todo este trabalho  compõe a mensagem do Reino de Deus para este povo, vidas estão sendo tocadas literalmente com suas doações, suas orações e seu apoio direto ou indireto, sem o qual seria impossível para nós até mesmo se fosse apenas coordenar estes trabalhos, porque envolve viagens nas aldeias em um raio de até 300km de distancia. Também o programa festejando a libertação, que é uma solução para libertação do alcoolismo que tem sido um  grande inimigo dos indígenas, esta recebendo forças novas nestes dias e continua sendo uma estratégia de evangelismo porque traz libertação e cura para toda a família.

Foto 1 - Indígenas de 6 diferentes tribos do Amazonas, alunos do AMI, em uma igreja de Maracaju, MS, preparando para um tempo de estágio com o povo Guarani/Caiua.

Foto 2 - Alunos indígenas do amazonas ajudando a transportar alimento para o povo Caiua, o que não é comum nas tribos do norte do país.


Foto 3 - Alunos do AMI em atidades na aldeia Caiuá de Maracaju entre os dias 22 a 27 de abril, sendo que do dia 28 a 03 de maio deverão visitar as aldeias da fronteira e uma que fica do lado Paraguio também.
 
Foto 4 - Equipe de Atibaia, Montanha Jardim, trazendo doações de alimentação para aldeia da fronteira e promovendo o curso Bíblico: PREGUE A PALAVRA para lídereas Terenas e Guaranis/Caiuas.
 
 
Foto 5 - Distribuição de roupas para indígenas Terenas que estão acampados em fazendas em litígio. 

15 de março de 2013

Batalha espiritual entre as tribos - Pedidos de orações

Aldeias da fronteira do Brasil/Paraguai, tribo Guarani/Caiuwá, município de Antonio João, enfrentaram dois suicídios nesta primeira quinzena de março. É uma região que tem sofrido muito com suicídios, mas chama nossa atenção porque o índice havia caído grandemente no ano passado, como resultado do avanço da igreja nesta região e principalmente com introdução do programa que chamamos de FL (festejando a libertação), que apóia na libertação do alcoolismo. As vítimas mencionadas acima eram classificadas como alcoólatras e tudo leva a entender que isto foi uma das causas dos suicídios, no entanto, nesta região são vários os fatores que esmagam este povo levando-os ao nível de desespero e o principal deles é o problema social de miséria extrema e desnutrição por não terem suas terras demarcadas para que possam plantar para própria subsistência.
Apesar destes fatos o programa FL
(festejando a libertação) continua avançando grandemente e louvamos a Deus pelos cinco grupos já organizados nesta região sendo que três são mistos e dois são apenas de mulheres que conta com apoio do órgão governamental da saúde (FUNASA). Por isto vemos a confirmação de Deus e que este programa vem Dele, portanto, as portas do inferno não prevalecerão, pois este é o verdadeiro papel da igreja do Senhor Jesus, desfazer as obras do diabo e trazer o Reino dos Céus para estas comunidades também.
Temos também grupos do programa FL em outras tribos, mas o grupo aqui da fronteira tem apresentado um crescimento mais rápido, principalmente porque líderes indígenas desta região foram treinados para consolidar e dar seqüência neste ministério.
Nosso pedido de oração, portanto, é para que cada líder que já foi treinado não se desanime diante da oposição que às vezes é na área natural, mas percebemos um ataque muito forte na esfera espiritual que afeta grandemente os que estão na frente da batalha. Pedimos para que aquelas aldeias que ainda não despertaram para este tremendo ministério, venham a ser despertadas de sua negligencia, pois pela experiência desta região da fronteira concluímos que este programa é de fato uma estratégia do Reino dos Céus, porque visa o homem integral e começa com aqueles para os quais não há mais esperança para mente natural. Temos presenciado que quando o casal é liberto, toda a família é liberta também e todos passam a fazer parte do grupo maior que é a Igreja do Senhor Jesus.

26 de fevereiro de 2013

LIBERTAÇÃO DO ALCOOLISMO NAS ALDEIAS CONTINUA FESTEJANDO.

O programa denominado "FESTEJANDO A LIBERTAÇÃO" continua prosperando entre os indígenas do MS, entre as tribos Terena e Guaranis/Caiwas.

No município de Antônio João,fronteira do Paraguai, onde o povo vive abaixo da linha de miséria conforme a ONU, o alcoolismo não é o maior problema, é uma consequência da situação caótica que estas comunidades tem vivido.No entanto, o Evangelho tem chegado e uma nova história esta acontecendo. Foi criado um programa para as mulheres alcoólatras também e o órgão da Saúde, FUNASA, tem dado todo apoio para os componentes da igreja que trabalham no mencionado projeto. Quase sempre vem para a igreja o Pai, vendo os resultados, em seguida vem a mãe e filhos. Como consequencia os templos estão ficando cheios e uma alegria da  igreja de Atos inunda os corações de cada ministrante que tem vistos resultados palpáveis em um prazo mais curto do que o esperado. Mesmo sem terras demarcadas, sonhos com uma aldeia própria com suas casas de palha e suas pequenas lavouras de mandioca e milho, o ex-alcoólatra sorri, glorifica a Deus, porque vivia o inferno na terra nas garras da bebida. E se Deus os libertou do álcool também os libertará das mãos dos posseiros de suas terras.

O sol começou a  brilhar nas terras e nos corações dessas comunidades, não somente o sol natural e não somente no solo natural, mas o SOL DA JUSTIÇA,!!! O SENHOR JESUS!!! Que alcança o coração, transforma as vidas e faz delas verdadeiros adoradores do Cordeiro de Deus!!!

A mesma estratégia e resultado semelhante tem acontecido nas aldeias Guaranis/Caiuás no município de Maracaju - MS e  também entre a tribo Terena, município de Sidrolândia - MS.
Mas as bençãos não ficam só por aqui, isto é só o começo, Glórias a Deus!!! O Espírito Santo tem incomodado muita gente que tem sido despertadas para visitar nossa região.

Entre elas temos pastores, missionários, profissionais da área de saúde e muitos que virão ainda que talvez seja você que esta lendo nosso relatório, não sei, mas sei que é Deus que esta fazendo tudo.
E isto é o mais lindo de tudo, porque apesar de mim, Deus continua sendo Deus e pai muito amoroso para conosco. Sei também que é resultado de suas orações a nosso favor, por isto quero alegrar seu coração também.

A nível nacional temos também boas noticias:

Estaremos realizando congressos regionais (CONPLEI regionais) na Amazônia (julho), Nordeste (data esta sendo mudada para final de ano) e no Sul (data também esta sendo mudada), mas a grande novidade é que acertamos com igrejas indígenas aqui do MS a realização do 1ºCONPLEI JOVEM  NACIONAL (creio que será internacional), que serás realizado na aldeia de Moreira, Miranda, MS, (pantanal) no mês de novembro de 2013, que visa principalmente reforçar a terceira onda missionária com  potencial jovem disponível nas igrejas indígenas do sul de nosso país. Pedimos orações neste sentido.
No entanto, não é só festejar, alias, na carne não tem nada a ver, pelo contrario, exige um mortificar da carne cada vez mais, principalmente quando vemos o desafios que temos pela frEnte. As tribos que estão mais distantes e precisam da libertação que está em  nossas mãos para levar até elas, sem mencionar que aqui apenas tocamos levemente o iceberg que tem raízes profundas de trevas nestas vidas, que somente o SANGUE  DE JESUS que tira o pecado e a  PALAVRA que santifica, porém, precisa ser ministrada em cada uma destas vidas até que sejam discípulas do Mestre amado. Conclusão: O ministério é lindo, mas continuamos precisando de vocês. Sozinhos não chegaremos no propósito final para cada vida, mas nossa gratidão por sua vida, apoio e orações.

Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

14 de fevereiro de 2013

NÃO SÃO REFUGIADOS DE GUERRA, MAS O EXÉRCITO DE CRISTO EM TRANSITO



Nesta madrugada o pelotão formado por médicos e dentistas, que se dividiu em três frentes de ataque (Bolívia, fronteira com Paraguai e região central do Mato Grosso do Sul), em várias aldeias indígenas, teve seu reencontro em nossa casa conforme fotos. Os resultados ultrapassaram as expectativas e uma alegria estava estampada no rosto de cada combatente. Foram dias de sacrifício da carne, longe do conforto e de todos que lhes são queridos, mas não havia sinal de murmuração ou fadiga, muito pelo contrário, todos falavam com entusiasmo sobre uma nova data que poderão vir novamente.

Sabemos que esta alegria é desfrutada tão somente por aqueles que entendem o que viver o Reino de Deus na prática. Não somente ficaram felizes como também fizeram muitos indígenas felizes. Muitos casos complicados de saúde por falta de remédio ou profissionais da área foram resolvidos e o nome do senhor Jesus foi glórificado pelas boas óbras daqueles que foram salvos pela graça para essas boas obras.

Nossa gratidão ao Senhor Jesus por este renovo para todos nós através destes irmãos que vieram, mas também de maneira especial por sua vida que nos apoia na logística de assistência a estes profissionais com nossa viatura e coordenação das comunidades indígenas para usufruir desta rica oportunidade e também pela cobertura de oração que consideramos como o borbardeio aéreo que garante o sucesso daqueles que vão no corpo a corpo.

O atendimento nas três frentes alcançou a média de atendimento de 120 pessoas por dia em cada  frente de atendimento e o total foram três dias de atendimento no período do carnaval. Considerando os dias de transporte de SP/MS, foram cinco dias se ação intensa.

Temos consciência que tocamos apenas em uma pequena parte dos desafios que temos nas tribos, mas temos a certeza que Aquele que começou esta boa obra há de Completá-la em nome do Senhor Jesus e para glória Dele.

Continuamos contando com suas orações, mas renovamos nossa gratidão pelo apoio que já temos recebido.





29 de janeiro de 2013

MANIFETAÇÃO DE DEMONIOS NO FESTEJANDO A LIBERTAÇÃO NA TRIBO TERENA



Depois de uma temporada na fronteira com o Paraguai, onde o programa festejando a libertação do alcoolismo continua atuante e crescendo, agora chegou a vez da tribo Terena. Neste final de semana concluímos o curso mencionado  acima entre a tribo Terena e o Espírito Santo agiu de maneira completamente diferente da maneira que agiu com o Guaranis/Caiuwas da fronteira.

A expectativa era de 40 participantes, mas compareceram somente 15 adultos e 10 crianças e adolescentes, mas este numero baixo de presentes proporcionou um tempo de melhor profundidade no ensino, dando oportunidade para participação dos ouvintes e ao mesmo tempo foi possível acompanhar mais de perto as reações de cada um. Novos líderes com a visão voltada para o ministério entre os alcoólatras ficaram bem evidentes e o irmão Edson, que veio dos EUA, especialmente para ministrar este curso,  deverá continuar entre os Terenas pelo menos por mais duas semanas para consolidação desses líderes para que os mesmos possam organizar seus grupos.

Não foi diferente das outras aldeias o avivamento que o ES trouxe através do curso para igreja local, mas o destaque que diferenciou das outras aldeias foi a manifestação de demônios em duas pessoas, porém, foram expulsos pelos ministrantes e tudo voltou a normalidade. No entanto,  chamou a atenção porque é mencionado no curso que demônios estão por trás mantendo a prisão no alcoolismo e que Jesus é o Libertador, mas este ensino aconteceu na prática durante esses dias e chamou a atenção dos participantes como esta realidade  da prisão por demônios, porém o mais lindo foi a demonstração pratica que JESUS É, SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ O LIBERTADOR de todos que buscam o socorro Dele.

Somos agradecidos pelo que temos apreendido dos vários estágios de dependência de cada pessoas, suas conseqüências e os tipos de tratamentos aplicado em cada caso, no entanto fica muito claro que sem a presença do LIBERTADOR nunca alcançaremos o ser humano  em suas três dimensões e é muito maravilhoso como A PALAVRA DE DEUS é remédio para o espírito, alma e corpo.

A igreja Terena ficou renovada em sua fé também e nós os ministrantes aplaudimos o LIBERTADOR por cada pai de família, que tem sido alcoólatra, agora se coloca de joelho e em lagrimas,  pede perdão a Deus e clama pela libertação de toda sua casa e ao mesmo tempo pede a nós ministradores que visitemos suas casas.

Este é o desafio glorioso que nos faz continuar, mas não esquecemos que você esta conosco, levantados pelo Senhor Jesus, para juntos fazer dessas pessoas discípulos do Senhor Jesus e depois dizer a eles: IDE e façam discípulos!

15 de janeiro de 2013

Prevenção e libertação do alcoolismo trazem avivamento para aldeias.

O programa denominado de "FESTEJANDO A LIBERTAÇÃO", é voltado especialmente para alcoólatras e outros vícios, no entanto, o impacto nas aldeias tem sido bem maior do que planejado. O mencionado programa tem demonstrado que é uma grande estratégia para o cumprimento da grande comissão, ou seja, uma correção da grande omissão da igreja de nossa geração. É um programa agressivo contra o reino das trevas, pois o coração de sua mensagem é: Amar o bêbado, o drogado e marginalizado, indo até eles como a parábola do Bom Samaritano. Os resulta- dos são os da igreja de Atos e não poderia ser diferente, pois isto é o “IDE” na prática. Apesar de nós, o ES continua operando maravilhas.

1) Aldeia Sucuri'y, tribo Caiuwá, município de  Maracaju – MS.

Nos dias 10 e 11 PP o curso foi ministrado para esta comunidade onde já existia uma igreja com templo e tudo, porém, há dois anos, o cacique liderou uma perseguição contra o missionário Caiuwá que havíamos estabelecido naquela igreja e o mesmo precisou mudar para outra aldeia, paralisando assim os trabalhos da igreja. E isto afetou todos os outros projetos de auto-sustentação que estavam em andamento e o reino do inferno voltou com força trazendo violência, muito alcoolismo, estupros de meninas e coisas semelhantes. Mas as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja!!! Aquele que edifica sua Igreja mandou o programa FESTEJANDO A LIBERTAÇÃO para este povo e uma manifestação de alegria tomou conta de todos, até do cacique que havia perseguido o missionário. Todos queriam cantar e louvar ao Senhor Jesus no ultimo dia, porque captaram a mensagem do amor e do perdão de Deus. Não foi uma alegria fabricada, mas espontânea, carregada de emoção porque no mais profundo de seus corações havia uma saudade, uma sede de adorar ao Senhor como faziam antes que o templo fosse fechado.

2) Aldeias na fronteira com o Paraguai, mesma tribo, município de Antonio João - MS.

As experiências são semelhantes, só a Bíblia consegue traduzir bem esta realidade quando diz: O povo que jazia nas trevas viu uma grande Luz!!!
São várias aldeias nesta região e muito mais populosas, mesmo assim significam 5 % de toda nação Guarani/ Caiuwá que sofre na prisão do álcool.
Estes resultados renovam nossa fé, nosso ânimo e entusiasmo para continuar, para superar os obstáculos que vem para nos esmagar, mas Aquele que está em nós é maior e ELE mesmo levantou você para guerrear conosco com seu apoio, suas orações que  bombardeia as regiões celestes sobre estas localidades para que o poder de Deus se manifeste trazendo libertação e como conseqüência festejamos, os céus festejam também e o Senhor Jesus vê o penoso trabalho de sua alma e muito satisfeito ELE diz: Valeu a pena PAI !!!

A batalha continua! Não podemos depor as armas!
Que o Pai Celeste renovem suas forças e suprimento conforme Fl. 4:19.

Nota- Fotos em anexo da aldeia de Maracaju.