27 de fevereiro de 2012

Depois de mais um suícidio, comunidade Karajá se mobiliza e denuncia omissão da Funasa e Funai

Rizza Matos/ São Félix do Araguaia

A Aldeia da etnia Karajás de Santa Izabel do Morro, na Ilha do Bananal (TO) está enfrentando dias difíceis. Na última semana dois jovens cometeram suicídio. O alarmante é que este é terceiro caso de 2012. Segundo dados da própria comunidade, desde julho de 2011 sete jovens provocaram sua morte, através da prática do enforcamento.

Os Inys (como preferem ser chamados) estão preocupados e temem que novos episódios aconteçam dentro da aldeia. O coordenador local da Funai e também indígena, João Werreriá, organizou uma reunião na aldeia de Santa Izabel, no domingo, dia 12. O encontro com os líderes e com a comunidade aconteceu debaixo no pé de ingá, na escola Maluá e teve como objetivo levantar as possíveis soluções para esse problema. "Estamos preocupados com o nosso povo, essa reunião serviu para ouvir o que cada um tem a dizer e juntos procurarmos uma solução para essas tragédias", afirmou Werreriá.
Durante a reunião o problema do alcoolismo foi apontando como causa principal dessas mortes. Os indígenas reclamaram da omissão da Funai e Funasa e pediram apoio do governo. O jovem, Manaije Karajá, acredita que falta apoio da Funasa na questão. "A Funasa tem que enviar psicológo, assistente social, ajudar a gente a descobrir, nossos jovens também precisam de ocupação, passam o dia todo na aldeia sem fazer nada", comentou ele. Já Tehalue Karajá foi mais enfático. “A Funasa tem que colocar profissionais na aldeia ao invés de ser no escritório” afirmou.

Por outro lado, parte da comunidade acredita que a causas dos suicídios é seja de ordem espiritual. Muitos acreditam que as mortes sejam resultados de "flecha", feitiços de alguns horis (pajés) contra algumas famílias. A situação está provocando brigas, discussões internas, acusações e ameaças. Idiarrina Karajá propôs uma reunião com os pajés. "Nós temos que conversar com os pajés e pedir para que eles parem com esses feitiços e que também façam outros para livrar nossa aldeia, isso só está causando tristeza e briga", contou.

Mas ao mesmo tempo a comunidade se mostrou consciente em relação ao abuso de algumas drogas, principalmente do álcool.Este já atravessou o Rio Araguaia é hoje é comercializado dentro das aldeias. Os jovens que cometeram suicídio, na sua maioria eram envolvidos com a droga e eram vistos constantemente embriagados. Warataxi Karajá viveu na pele essa experiência. Ele perdeu seu filho de 17 anos no dia 06 de janeiro é um dos que defende a proibição da venda de bebida alcoólica dentro da Aldeia. "Meu filho quando bebia virava outra pessoa, dizia que ia matar o pai, matar a mãe, os irmãos e antes de morrer, um dia quando estava bêbado disse que ia tentar se matar.Nós temos que fazer um baixo-assinado para que não se venda mais bebida dentro da nossa aldeia, Quem está vendendo tem que se conscientizar pois está cooperando para a morte e quem parar de vender está passando a amar os Inys", afirmou o pai.

Waxiaki Karajá, diretora da escola, propôs uma nova reunião com as mulheres da aldeia. "Nós temos que ouvir as mães, pois elas é que estão com as crianças o dia todo e pode nos ajudar".

Ao final ficou decidido que a comunidade vai escrever um baixo-assinado pedindo o fim da venda de bebidas alcoólicas dentro da aldeia e que uma cópia da ata será entregue para a Funai, para que está venha tomar as medidas necessárias.


O consumo de álcool e os Karajás

A aldeia de Santa Izabel é a maior da etnia, atualmente mais de 600 famílias vivem na comunidade. Os Inys são conhecidos por manter um diálogo intercultural com os não-indios. E essa aproximação nem sempre é positiva, como já explicou Pedro Casaldaliga. "O contato branco trouxe necessidades que eles não tinham".

Uma dessas necessidades foi o álcool. É comum encontrar indígenas bêbados no cais de São Félix. Eles não nenhuma dificuldade em conseguir a bebida."Nós temos que denunciar na Promotoria esses comerciantes que estão facilitando a venda de bebidas tanto na cidade quanto aqui na aldeia', afirmou Idiarrina Karajá.

Os indigenas também denunciaram que nada está sendo feito para combater o alcoolismo. o cacique de Santa Izabel do Morro. Wenonar Karajá comentou a atuação da Funasa. "A Funasa que é responsavel pela saúde indigena nunca curou um bebado e  tem melhorar o trabalho na base, dentro da área. Tem que ter filmes, palestras nas aldeias sobre o alcoolismo, quais são os efeitos, pois ninguém está fazendo trabalho na área da saúde", afirmou o cacique.

Fonte: http://comguariroba.blogspot.com/2012/02/depois-de-mais-um-suicidio-comunidade.html

Evangelismo no período carnaval

Durante o feriado do carnaval 2012, cinco irmãos do Rio Grande do Norte e um ônibus com 46 pessoas, vindas do do Rio de Janeiro, visitaram nossas igrejas da fronteira do Paraguai, algumas delas de acesso difícil, aliás, visitaram até o lado do Paraguai e para isto foi necessário alugarem caminhões por ser impossível o acesso de ônibus, mas vieram para para obedecer o Ide do Senhor Jesus e pagar o preço necessário e como não podia ser diferente, marcaram profundamente os corações de um povo que tem sido marginalizados e oprimidos pelos fazendeiros da região e também voltaram com seus corações transbordando da alegria do Senhor, porque melhor é dar do que receber conforme afirma nosso Mestre amado. Foi um tempo que não sabemos descrever se o céu desceu ou a terra subiu, mas uma coisa sabemos, não foi carnaval, foi sobrenatural, um pouco da manifestação do reino de Deus nestas aldeias, manifestação esta que nos arrebata e faz que tudo que é da carne caida perca seu atrativo, seja festas ou circunstâncias opostas, tudo fica abaixo das regiões celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2:6) e não atinge mais o nosso interior, no entanto, as vezes é semelhante ao monte da transfiguração, os apostolos gostariam de continuar lá, porém, lá embaixo estava um povo oprimido pelo diabo, por isto precisavam descer. Percebo um clima semelhante no seblante dos irmãos que ficam nas aldeias que parecem perguntar: Porque já vão embora? Fiquem mais conosco. Quando teremos outros encontros como estes? Dar sequencia é uma taréfa nossa juntamente com vocês que não visitaram fisicamente ainda, mas estão sempre conosco em suas ofertas e orações.

Graças a Deus que os visitantes e visitados são tocados de alguma maneira pelo Espírito Santo e muitos dos visitantes pedem a Deus e prometem que votarão. Inclusive vários projetos na área de saúde e projetos de auto-sustentação começaram a ser gerados no coração de alguns irmãos e cremos que já no próximo mês de abril teremos uma equipe envolvida com este tipo de trabalho.

Não podemos esquecer que você que de alguma maneira tem apoiado este ministério aqui entre as tribos faz parte destes momentos de festa sobrenatural para todos nós, por isto, nossa gratidão em nome do Senhor Jesus, porém, com um forte lembrete: Não podemos depor as armas. Umas das estratégias do inimigo é tentar roubar a boa semente que foi lançada nestes dias, principalmente na vida daqueles que se posicionaram por Jesus, no entanto, se mantevermos em nosso posto temos a palavra do Mestre a a nosso favor: "As portas do inferno não prevalecerão contra a minha igreja".





10 de fevereiro de 2012

A Igreja indígena nas tribos

Aldeias do MS

1)O ano de 2012 começou com grandes expectativas na igreja Terena.
O Congresso do Conplei previsto para julho esta movimentando a igreja indígena e de maneira especial os Jovens, que estão motivados a responder vários desafios na região Amazônica, que planejamos excecutar a curto prazo, cuja missão ainda nõa podemos divulgar, mas precisamos de orações. Não somente isto, mas a mocidade indígena esta respondendo de maneira positiva a criação do "CONPLEI JOVEM", que na realidade Deus estará levantando talentos para a grande obra que temos pela frente, alguns destes desafios queremos realizar antes do congresso, porém, com uma equipe de Jovens. Pedimos orações.

2)Uma outra etapa do amadurecimento da igreja Terena é um mover do Epírito Santo através dos pastores trazendo ensinamento sobre dízimos e ofertas. Os efeitos já estão surgindo e sem súvida a igreja vai crescer em todas as outras áreas, porque esta área sempre foi uma fortaleza, no entanto, esta caindo.

3)Igreja Caiuá, aldeia Panambi - Dourados - MS
O missionário Reginaldo que havia sido transferido para esta aldeia, agora começa apresentar frutos positivos, depois de um tempo de resistencia do cacique. A mudança tem sido grande, o proprio cacique esta pedindo para contruir um templo e esta entusiasmado com o trabalho que o Reginaldo e esposa tem desenvolvido com jovens, adolecentes e crianças.

4)Igreja Caiuá de Maracaju
Foi a comunidade que pressionou a saida do missionário Reginaldo. Ainda não acertamos um casal que possa morar dentro da aldeia, tem um missionário Caiuá que visita aos finais de semana, vários projetos de auto-sustentação forão interrompidos, mas um grupo de irmãos decidiram continuar as reuniões em seus lares para oração e culto ao Senhor Jesus e estao sendo honrados pelo Senhor. Seus familiares, suas lavouras e até suas casas tem sido exemplo da proteçao de Deus durande tempestades.

5)Igrejas Caiuas da Fronteira com o Paraguai
O inicio do ano foi de tempestade com o falecimento do obreiro Urbano, porém, o doce Espírito Santo tem nos ensinado e dirigido e também estará trazendo novas visitas. No dia 16 esta prevista a chegada de uma equipe do Rio Grande do Norte, que deverá ficar alguns dias conosco junto a estes irmãos.

6)Igreja de Sidrolandia, tribo Terena
Tem apresentado um ótimo crescimento, vários batismos, e um avivamento de manera geral. A igreja começa a crescer também na adoração verdadeira, deixando para trás as apresentações vazias.

7)Congresso do Conplei de 18 a 22 de julho, na Chapada dos Guimarães
Já esta bastante movimentado, com muitas procuras para inscrições. Já acionamos nosso parceiro responsável pelo Site, para que tenhamos o máximo de detalhes a disposiçao através do site e isto facilitará inscrições e outras informações a respeito.
Nosso site: www.conplei.org.br

2 de fevereiro de 2012

Noticias das Aldeias da Fronteira

Na cidade de Bela Vista município que fica a 324 km de Campo Grande Mato Grosso do Sul, um fato inusitado aconteceu. O obreiro Urbano indígena da etnia Guarani Caiuá que pertence à aldeia Pirakwá, passou por uma forte experiência com Deus. Sua esposa chamada Cláudia ficou gravemente doente com meningite bacteriana. Foi hospitalizada e seu caso foi piorando chegando a óbito. Em um determinado momento, o irmão Urbano ao ver sua esposa morrer, clamou ao Senhor com todas suas forças pedindo que Deus devolvesse a vida de sua amada. E acredite, um milagre aconteceu: Sua esposa voltou e disse: “Por que você me chamou de volta? Eu já estava na porta do céu e as pessoas lá dentro estavam me chamando para entrar e vi também o Pastor (Jesus) me chamando. O céu é muito lindo não dá para explicar a beleza e eu queria ficar lá”.

Mas ao contrário do que todos esperavam, Deus respondeu e após uma semana ela entrou em coma novamente e não acordou mais, falecendo no dia seguinte. Deus ouviu a oração do irmão Urbano e respondeu, mas de uma forma diferente. Para o consolo do nosso irmão que é obreiro e trabalha na divulgação do evangelho de Cristo, foi se cumprir a vontade de sua esposa que era ficar junto com Deus, e partiu para o Senhor.

Essa experiência de dor trouxe vida, pois no enterro da irmã Cláudia duas almas se reconciliou a Cristo. Foi o primeiro enterro de uma cristã na aldeia. Toda família de Cláudia que não são cristãos, ficaram impressionados, pois o Espírito Santo tomou conta da cerimônia fúnebre, que nessas alturas não tinha mais as características de morte e sim de vida, conforme relato de nossa irmã Ingrid, missionária que estava presente nestes instantes. Convictos reafirmamos que a morte não tem a última palavra para quem tem Jesus, ao contrário, é uma promoção para a plenitude de nossa herança em Cristo Jesus nosso Senhor.